Eterno Anjo
on quinta-feira, 25 de junho de 2009
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● Poemas
Novamente ela vem, para, continua parada, olhando com aquele mesmo olhar,
Olhar lúgubre, o olhar que me faz refletir.
Sua palidez que me envolve, laços dantes nunca tidos, seus cabelos sobre a face, escondendo as lagrimas que rolam, senti-me incomodado, dei alguns passos e a abracei, sua pele fria encharcada pela fina chuva que caia sobre nossos corpos.
As nuvens pairavam sobre nossas cabeças, os ventos gélidos tocavam em nossas roupas... O tempo parecia que não corria, apreciei aquele monumento que diante de mim estava... sorri
Aquele vestido branco, seus lábios lívidos... Dúbio, pensei que era sonho,
Nem dei conta que a lua aparecia como uma foice dourada cortando o céu dissipando todas as nuvens.
Mas eu queria contar-lhe mais... Você quer saber?
Seu nome não me é digno de contar, aqueles olhos, que olhos!
De sua linda boca apenas ouvi uma frase: ”Voltei, pois você me faz esquecer das minhas insanas lembranças”, lembranças das quais não ousei perguntar-lhe.
Vi as trevas em seus olhos e pude sentir sua dor, dor que tão profunda era, senti dentro de mim... Chorei
Em meus sonhos...
Beijei aqueles lábios gélidos e lívidos, senti o calor daquele corpo frio e voluptuoso.
Adormeci, ela envolvida em meus braços, acordei e ela continuava lá, linda e lúcida.
A luz do sol refletia e lembrava-me da noite e do s cantos dos corvos que era uma verdadeira serenata na escuridão, então acordou, olhou-me e simplesmente sorriu e disse-me algo que jamais esquecerei: ”Meu anjo, saibas que estás em meu coração e te quero muito bem e você é o único que pode me entender”. Tais palavras me comoveram, jamais esquecerei esse dia, o dia que encontrei Meu Eterno Anjo.
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